dinheiro e economia


Evolução e origem do #dinheiro

Escambo

Escambo pintura.jpg
A #moeda, como hoje a conhecemos, é o resultado de uma longa evolução. No início não havia moeda. Praticava-se o escambo, simples troca de mercadoria por mercadoria, sem equivalência de valor.
Assim, quem pescasse mais peixe do que o necessário para si e seu grupo trocava este excesso com o de outra pessoa que, por exemplo, tivesse plantado e colhido mais milho do que fosse precisar.
O escambo como forma de comércio foi dominante no início da civilização, podendo ser encontrada, ainda hoje, entre povos de economia primitiva, em regiões onde, pelo difícil acesso, há escassez de meio circulante, e até em situações especiais, em que as pessoas envolvidas efetuam permuta de objetos sem a preocupação de sua equivalência de valor. Este é o caso, por exemplo, da criança que troca com o colega um brinquedo caro por outro de menor valor, que deseja muito.
As mercadorias utilizadas para #escambo geralmente se apresentam em estado natural, variando conforme as condições de meio ambiente e as atividades desenvolvidas pelo grupo, correspondendo a necessidades fundamentais de seus membros. Nesta forma de troca, no entanto, ocorrem dificuldades, por não haver uma medida comum de valor entre os elementos a serem permutados.

saber vender é atender bem
O dinheiro é o meio usado na troca de bens, na forma de moedas ou notas (cédulas), usado na compra de bens, serviços, força de trabalho, divisas estrangeiras ou nas demais transações financeiras, emitido e controlado pelo governo de cada país, que é o único que tem essa atribuição. É também a unidade contábil. Seu uso pode ser implícito ou explícito, livre ou por coerção. Acredita-se que a origem da palavra remete à moeda portuguesa de mesmo nome (o dinheiro).
A emergência do dinheiro não depende de uma autoridade central ou governo. É um fenômeno do mercado; na prática, entretanto, os tipos de moeda mais aceites atualmente são aquelas produzidas e sancionadas pelos governos. A maior parte dos países possuem um padrão monetário específico — um dinheiro reconhecido oficialmente, possuindo monopólio sobre sua emissão. Algumas exceções são o euro (usado por diversos países europeus) e o dólar (utilizado em todo mundo).

O dinheiro em si é um bem escasso. 
Muitos itens podem ser usados como dinheiro, desde metais e conchas raras até cigarros ou coisas totalmente artificiais como notas bancárias. Em épocas de escassez de meio circulante, a sociedade procura formas de contornar o problema (dinheiro de emergência), o importante é não perder o poder de troca e compra. Podem substituir o dinheiro governamental: cupons, passes, recibos, cheques, vales, notas comerciais entre outros.
Na sociedade ocidental moderna o dinheiro é essencialmente um símbolo – uma abstração. Atualmente as notas são o tipo mais comum de dinheiro utilizado. No entanto bens como ouro e prata mantêm muitas das características essenciais do dinheiro.

A História do Dinheiro

Reconstituição de antigo processo para cunhagem de moedas.
Inicialmente, o homem comercializava através de simples troca ou escambo. A mercadoria era avaliada na quantidade de tempo ou força de trabalho gasta para produzi-la ou até mesmo pela necessidade que o "comprador" tinha por determinada mercadoria. Com a criação da moeda o valor da mercadoria se tornou independente da força de trabalho. Com o surgimento dos bancos apareceu uma nova atividade financeira em que o próprio 

                                                                                  

“É difícil até mesmo conceber uma unidade de prazer ou de sofrimento; mas é o montante desses sentimentos que está nos induzindo a comprar e vender, tomar emprestado e emprestar, trabalhar e repousar, produzir e consumir; e é a partir dos efeitos quantitativos dos sentimentos que devemos estimar seus montantes comparativos. ’’ (Jevons, 1996;cap.I, p.52) 
                                                                                                                                

Moedas antigas

Dobra de 8 Escudos.
Surgiram no séc. VII a.C., as primeiras moedas: na Grécia moedas de prata e na Lídia foram utilizados pequenos lingotes ovais de uma liga de ouro e prata chamada electro, com características das atuais: são pequenas peças de metal com peso e valor definidos e com a impressão do cunho oficial, isto é, a marca de quem as emitiu e garante o seu valor. 
As moedas refletem a mentalidade de um povo e de sua época em seus aspectos políticos, econômicos, tecnológicos e culturais.
É pelas impressões encontradas nas moedas que conhecemos, hoje, a efígie de personalidades que viveram há muitos séculos.
O primeiro a ter sua efígie registrada numa moeda foi Alexandre, o Grande, da Macedônia, por volta do ano 330 a.C.
No princípio, as peças eram fabricadas por processos manuais muito rudimentares e tinham seus bordos irregulares, não sendo, como hoje, peças absolutamente iguais umas às outras.

Ouro, prata e cobre

Os primeiros metais utilizados na cunhagem de moedas foram o ouro e a prata, não só pela sua raridade, beleza, imunidade à corrosão e valor econômico, mas também por antigos costumes religiosos. Nos primórdios da civilização, os sacerdotes da Babilônia, estudiosos de astronomia, ensinavam ao povo a existência de estreita ligação entre o ouro e o Sol, a prata e a Lua. Isto levou à crença no poder mágico destes metais e no dos objetos com eles confeccionados.
VALOR DA MOEDA
A cunhagem de moedas em ouro e prata se manteve durante muitos séculos, sendo as peças garantidas por seu valor intrínseco, isto é, pelo valor comercial do metal utilizado na sua confecção. Assim, uma moeda na qual haviam sido utilizados vinte gramas de ouro, era trocada por mercadorias neste mesmo valor.
Durante muitos séculos os países cunharam em ouro suas moedas de maior valor, reservando a prata e o cobre para os valores menores. Estes sistemas se mantiveram até ao final do século passado, quando o cuproníquel e, posteriormente, outras ligas metálicas passaram a ser muito empregados, passando a moeda a circular pelo seu valor extrínseco, isto é, pelo valor gravado em sua face, não dependendo do metal nela contido.
O Denário (Romano)
Com o advento do papel-moeda a cunhagem de moedas metálicas ficou restrita a valores inferiores, necessários para troco. Dentro desta nova função, a durabilidade passou a ser a qualidade mais necessária à moeda. Surgem, em grande diversidade, as ligas modernas, produzidas para suportar a alta rotatividade do numerário de troco.
Primeiro bilhete de banco, emitido pelo Banco do Brasil em 1810.

Papel Moeda

Na Idade Média, surgiu o costume de se guardarem os valores num ourives, pessoa que negociava objetos de ouro e prata. Este, como garantia, entregava um recibo. Com o tempo, esses recibos passaram a ser utilizados para efetuar pagamentos, circulando de mão em mão e dando origem ao papel-moeda.
No Brasil, os primeiros bilhetes de banco, precursores das cédulas atuais, foram lançados pelo Banco do Brasil, em 1810. Tinham seu valor preenchido à mão, tal como, hoje, fazemos com os cheques.
Dinheiro e economia
O dinheiro é um dos tópicos de estudo centrais na economia e está numa ligação implícita com o campo das finanças. A quantidade de dinheiro numa dada economia diretamente afeta fenômenos como a inflação e a taxa de juros. Uma crise monetária pode ter efeitos significativos, particularmente se ela levar a uma falência generalizada tal que resulte na adoção de economia de trocas.

Características essenciais
O dinheiro tem as seguintes características:
1- Deve ser um meio de troca;
2- Deve ser uma unidade contábil;
3- Deve servir para acumular valores.
4- Meio de troca


Quando um objeto tem seu principal uso como intermediário de trocas—recorre-se a ele para trocar coisas diferentes—tem essa propriedade. Esta característica permite ao dinheiro ser usado como padrão de trocas adiadas, uma ferramenta para saldar débitos.
Acumular valores
Quando um objeto é adquirido primariamente para acumular valores a serem utilizados em negócios futuros, então está servindo para acumular valores. Por exemplo, uma marcenaria pode manter um inventário de madeira que possui um valor de mercado. Da mesma forma pode manter dinheiro em caixa que tem também valor de mercado. Ambos representam uma reserva de valores porque podem ser convertidos em outros bens no futuro. A maioria dos bens não-perecíveis têm essa característica.
Perspectiva Psicológica
Segundo Snelders, trata-se de um conceito polimorfo, ou seja não há uma clara definição; as definições são criadas a partir de experiências individuais nomeadas com base em famílias de semelhanças.O dinheiro foi considerado durante muito tempo como de domínio exclusivo da Economia. Para Furnham e Argyle, o tema dinheiro pertencia tradicionalmente aos economistas o que manteve os psicólogos afastados. No entanto a conjuntura econômica mundial despertou o interesse da psicologia por esse tema. Iniciou-se estudos para uma clara definição do dinheiro.

Essas famílias de semelhanças possuem algumas propriedades já estabelecidas, que são:
1- Tipicidade: as pessoas conseguem classificar a categoria conforme a tipicidade e há uma concordância subjectiva clara quanto a essas classificações.
2- Intensidade: quanto mais típico algo é de uma determinada categoria, mais as pessoas concordam que ela pertence àquela categoria.
3- Similaridades: Quanto mais similares as instancias de uma categoria, maior será a concordância quanto a categoria que pertence.

    Instrumentos de mensuração do significados do dinheiro

    Wernimont e Fitzpatrick (1972) reportaram o primeiro instrumento para mensurar o significado do dinheiro, criado a partir do pressuposto adotado pelos autores, de que o significado do dinheiro seria construído pelos indivíduos com base em diferentes histórias de aprendizagem.

    Diferencial Semântico Modificado (DSM)
    A escala no formato de Diferencial Semântico Modificado (DSM) foi constituída por 40 pares de adjetivos atribuídos ao dinheiro. Sendo constituída por 5 componentes como:
    1- Fracasso e vergonha.
    2- Aceitabilidade social.
    3- Atitude ora-ora (o dinheiro foi analisado como algo sem importância).
    4- Pecado moral (princípios morais).
    5- Segurança confortável (significado positivo atribuído ao dinheiro).

      Escala de atitudes quanto ao dinheiro (MAS)

      Yamauchi e Templer (1982) desenvolveram uma escala de atitudes quanto ao dinheiro tendo como base teórica a literatura clínica psicanalítica. Baseando-se nos três domínios psicológicos do dinheiro, que representariam as três fases de desenvolvimento propostas por Freud: oral, anal e fálica.
      Foram representados pelos domínios:
      1- Segurança, relacionado a conceitos como: otimismo, conforto; e seu reverso: 
      pessimismo, insegurança e insatisfação.
      2- Retenção: parcimônia, avareza e personalidade obsessiva.
      3- Poder-prestígio, composto por status, importância, superioridade e aquisição.
      Foram gerados 62 itens que refletiam os três domínios citados.

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